O Ambiente Sempre Vence
Recentemente, participei de uma palestra e percebi o quanto é interessante estar disposto a ouvir alguém falar sobre um assunto que nos atrai e do qual temos algum conhecimento. No entanto, ficou claro para mim que só conseguimos tirar proveito real dessa experiência se estivermos com as mentes abertas e prontos para uma escuta realmente ativa, sem a predisposição de, durante a escuta, alocar boa parte de nossa capacidade mental na validação de nosso conhecimento prévio ou, pior ainda, buscando contrapontos e críticas imediatas ao que estamos absorvendo.
Dias após ter participado do evento com uma mente livre de preconceitos e disposta a compreender, consigo identificar aprendizados que foram e ainda serão significativos em minha vida. É evidente que cada indivíduo absorve o conteúdo de forma diferente, e cada palavra que ouvimos nos impacta singularmente. Nesse sentido, algumas frases ditas ainda ecoam em minha mente, como: “Zona de Conforto versus Zona de Domínio”, “Quem ganha dinheiro é criança, o adulto o faz” e “O ambiente sempre vence”.
Absorvi energia e conhecimento durante a palestra, mas essas frases me tocaram de uma forma mais profunda e continuam me instigando na busca de consolidar meu próprio entendimento.
Hoje, gostaria de explorar um pouco mais a frase “o ambiente sempre vence”. É impressionante, mas desde que voltei a me dedicar com mais afinco a estar presente em eventos e palestras, escutei essa frase ou variações dela em todas as oportunidades.
Analisando minha história, transportando-me para um lugar imaginário e observando minha vida como um espectador externo, percebi claramente que, em vários momentos, minha vida era um reflexo do clima em meu ambiente de trabalho, seja na motivação ou desmotivação, alegria ou tristeza, engajamento ou procrastinação, entre outros. Sei que houve momentos em que, no meu trabalho, fui um espelho do que vivia em casa.
O que percebi é que, embora possamos tentar mudar o ambiente, isso implica em mudar as pessoas. Por mais que possamos ser agentes de mudanças, as pessoas só mudam quando realmente desejam, o que pode tornar essa tarefa, por vezes, complexa.
Precisamos perceber que muitas vezes permanecemos por muito tempo em um ambiente, justificando-nos com frases como “não posso abandonar o barco”, “preciso fazer a minha parte” ou “sou responsável por melhorar o ambiente”, mas a verdade é que ao insistirmos nisso por longo período, estamos com medo de sair de uma zona de domínio ou conforto que, no fundo, decorre de um medo avassalador de fracassar ou, pior ainda, do temor de sermos julgados pelos outros como fracos.
É fundamental observar que, quanto mais tempo permanecemos nesse ambiente, mais nos tornamos parte indissociável dele e mais intimamente a ele ligados, fazendo com que nossa identidade como pessoa física se confunda com a pessoa jurídica que representamos.
E você, já parou para pensar sobre essa influência? Sofre com ela?
Desejo que você possa usufruir de um ambiente que tenha vibrações e energia positivas, favoráveis à colaboração e prosperidade, embora sempre existam lutas e disputas (isso é inevitável).